sexta-feira, 25 de março de 2016

A cúrcuma


A cúrcuma, (Curcuma longa), é conhecida também como açafrão das índias.
Para quem nos acompanha, nestes últimos 10 anos temos falado muito a respeito dos benefícios desta planta. Sua cor alaranjada a dourada nos leva a uma comparação entre dois reinos, o vegetal e o mineral, ou seja, a cúrcuma está para o reino vegetal assim como o ouro está para o reino mineral. Esta comparação não foi feita por nós, mas sim por pesquisadores franceses, e estas novas abordagens desta preciosidade serão relatadas neste artigo. 

 Com relação ao aparelho digestório, trabalhos científicos tem mostrado que a cúrcuma apresenta ação contra Síndrome do Cólon Irritado, mal do estômago, náuseas, perda de apetite. É estimulante do fígado e da vesícula biliar, e portanto ajuda muito na desintoxicação do organismo, já que o fígado é o grande orgão responsável por este trabalho. Níveis de colesterol elevado tem sido controlado pelo estímulo à produção e eliminação de bile, lembrando que 70 % da bile é composta de colesterol. Não só preventivo, mas também curativo, a cúrcuma ajuda muito no tratamento de gastrite e até mesmo de úlceras,  através do estímulo da cicatrização e da produção da mucosa gástrica. 
 Sua ação anticancerígena já era conhecida, e cada vez mais estudos vem mostrando esta eficácia, como por exemplo no tratamento de câncer de cólon, estômago, pele, mamas, próstata e leucemia. Novos estudos tendem a ampliar esta listagem. Mesmo sem saber exatamente como é a dinâmica dos princípios ativos da cúrcuma,  já se constatou que ela paraliza o crescimento dos tumores, e atua na produção das citoquinas, que são moléculas proteicas intimamente ligadas ao sistema imunológico. 
Novos estudos contra o Mal de Alzheimer. No caso desta doença, que ainda não se conhece exatamente seu mecanismo no organismo humano, como causas, controle e prevenção, a cúrcuma tem mostrado um caminho. Estatísticas mostram que a Índia é o pais com o menor índice desta doença, comparado com outros. Mas a Índia também é o local onde mais se consome a cúrcuma, e isto começou a despertar a atenção de alguns pesquisadores. O que já se sabe, é que em doentes de Alzheimer, ocorre uma deposição de proteínas beta-amiloides, formando verdadeiras placas nos vasos sanguíneos do cérebro, dificultando  a oxigenação cerebral. Percebeu-se que os curcuminóides, uma classe de princípios ativos da cúrcuma, combate este depósito, ajudando no tratamento preventivo e até mesmo nos casos de doença já instalada.  
 Sua ação anti-inflamatória já era conhecida, mas atualmente alguns pesquisadores tem comparado seu efeito ao da cortisona, mas sem os efeitos colaterais da mesma. Seu efeito ajuda a aliviar dores de reumatismo, artrites, dores musculares e tendinites. Até mesmo cólicas menstruais podem ser aliviadas com o consumo de cúrcuma.  
Sua ação antioxidante também já era conhecida e estudada, mas estudos novos tem mostrado que esta ação é maior do que da própria vitamina E, um excelente anti-oxidante. É importante lembrar que os radicais livres são produzidos em grande volume nos dias de hoje no organismo humano, principalmente quando exposto ao estresse, deixando nosso organismo suscetível a ataques de patógenos e ao surgimento de cânceres.  Portanto a ação anti-oxidante da cúrcuma vem trazer uma forma de prevenção barata, natural e eficaz.  
O seu consumo pode ser como condimento, e neste caso indicamos utilizar diariamente em pelo menos um tipo de alimento da refeição, na forma de chá ou na forma de encapsulado, que é a forma mais fácil de se consumir. Normalmente o consumo de 1 grama de cúrcuma, por cima do azeite por dia ,já nos proporciona uma boa dosagem preventiva de vários males.

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